Homens são de Marte, mulheres são de Vênus. Homem cobra, mulher polvo. Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? Se você parar para pensar, há inúmeras obras que procuram – ou pelo menos tentam –, entender as diferenças entre os sexos. Mas será que os livros são suficientemente capazes de responder perguntas simples sobre a forma que cada pessoa tem de lidar com os assuntos do coração?
É possível que não tenhamos a resposta para essa pergunta. Mas basta dar uma volta pelos bares, restaurantes e boates da cidade para se deparar com uma cena alarmante: pouquíssimas pessoas estão preocupadas em conversar, em conhecer a pessoa antes de dar o próximo passo, o beijo.
Quem nunca passou por uma situação de estar em um determinado lugar, perceber que alguém está olhando com interesse, mas você faz aquele charminho pra ver se a pessoa realmente está afim e o procura para uma conversa? O problema é que, num piscar de olhos, já tem outra pessoa na área. Alguém que não colocou barreira alguma para forçar um bate-papo sem compromisso e lá se foi aquela figura interessante. Saiu de fininho, e rápido, com alguém que, talvez, esteja na mesma sintonia: pouco papo, mais ação.
Com isso, percebemos uma dura realidade nas relações: as pessoas estão economizando energia na conquista. Primeiro rola o beijo, as pessoas 'ficam' – como dizem os jovens -, e depois é iniciada uma conversa. De repente, a pessoa percebe que aquela outra não tem nada, absolutamente, nada a ver ela. Termina-se um relacionamento e vem outro, outro e outro... É o que batizo como a superficialidade das relações.
Agora, onde foi parar o romantismo? Está ficando cada vez mais raro um homem mandar flores para uma mulher ou uma mulher se dar o valor durante uma conquista. O homem está ficando mal acostumado a passar uma cantada de quinta categoria e a mulher cair na lábia, não porque é boba, mas porque simplesmente está carente. Devemos ter cuidado com a carência, ela pode tirar o brilho do romantismo e nos distanciar, cada vez mais, do amor.